terça-feira, 2 de agosto de 2011

Parabéns DALEPe

Não sairei do curso de pedagogia sem falar via e-mail da nova roupagem do dalepe na atualidade. 

Quando ingressei em 09 de outubro de 2006 na ufs, no curso de pedagogia, encontrei um diretório acadêmico organizado em ilha e distanciado dos estudantes, mas depois de Tatiane, Douglas Aline, Aícha, Hellen, Angélica, Laís e outros integrantes, o dalepe realmente passou a ser a nossa casa. A casa dos estudantes, onde vc entra e é bem acolhido, pode sentar, ligar seu not e ali mesmo terminar um trabalho ou ficar admirando o novo visu dessa casa, toda repaginada. E que me fez lembrar um pedacinho de uma letra de Belchior... "as lágrimas dos jovens são fortes como um segredo, podem fazer renascer", e o dalepe renasceu com esse pessoal de cabelo ao vento, jovens coloridos, com sonhos e esperanças renovadas. E nos presenteiam com textos interessantes e temperados com o melhor que está acontecendo fora dos muros da ufs, a exemplo do depoimento de um músico sergipano sobre o desrespeito das autoridades sergipanas que deveriam promover e divulgar os nossos artistas locais, como bem fazem os pernambucanos e baianos. A leitura desse velho e novo capítulo dos fomentadores do lixo cultural me fez revolver a minha experiência como atriz sergipana que sabe exatamente o que João da Passarada vivenciou no palco do forró siri. Me fez rememorar situações absurdas de puro descaso das autoridades políticas com os artistas locais, pois essa historinha de artista da terra me provoca arrepios, porque artista da terra na cabeça vazia de Fábio Henrique é minhoca... E ele e outros fomentadores do forró de plástico tratam o artista sergipano como minhoca: com seus pisantes esmagam a sua auto-estima. É triste ver a indiferença da maioria do povo sergipano quando os nossos artistas locais estão no palco... Quantos ainda precisam morrer no ostracismo, sobrevivendo de modo precário para defender sua arte? Quantos precisam deixar seu torrão natal para defender sua arte? Que terra, que povo é esse meu deus que não sabe reconhecer o valor artístico de Horácio Hora, de Tobias Barreto, do Imbuaça, de Tiago Melo, de João da Passarada, de Ismar Barreto, de Valmir Sandes, de Rose Ribeiro e tantos outros? 

Maria Betânia Góes Aragão

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